Bovinocultura - Gados Raça Pura


GADOS DE CORTE

RAÇA PURA

HEREFORD








Originário da Inglaterra, o gado Hereford
é uma das mais famosas raças selecionadas
para produção de carne. O Hereford é o gado
de pastejo e engorda fáceis  em pastagens
inferiores, mostra excelente aptidão para
recuperação de peso após as chuvas. A cara
branca é  um caráter dominante e se transmite
aos produtos oriundos de cruzamentos,
independente de qual seja a raça
utilizada. No cruzamento com o gado zebuíno
(zebu americano e brasileiro) deu origem
a raça Braford, hoje muito difundida no Brasil.








ABERDEEN ANGUS








A raça Aberdeen Angus possui a pelagem
preta ou vermelha, é uma raça mocha muito
utilizada em cruzamentos industriais e na formação
de novas raças de corte. No Brasil, entrou
juntamente com a raça Nelore na formação
do gado Ibagé, no Rio Grande do Sul e nos
Estados Unidos na formação da raça Brangus,
juntamente com a raça Brahman.








CHAROLESA








Devido à sua extraordinária produção de carne,
essa raça esta espalhada por todo o mundo. No
Brasil, o gado Charolês tem prestado inestimáveis
serviços, principalmente na formação da raça
Canchim A carne do gado Charolês é de excelente
qualidade, com pouca gordura superficial, embora
marmorizada internamente. O rendimento de
carcaça varia de 58 e 65%, em regime de campo,
e de 65 e 70%, em regime de confinamento.






LIMOUSIN








A raça Limousin está presente no Brasil
desde o início do século XX, quando em 1872
foi trazido um touro e uma vaca, por Henri Goreix,
convidado por D.Pedro II para dirigir uma escola
de mineração em Ouro Preto-MG. Atualmente, é
uma raça muito utilizada principalmente em
Goiás e Mato Grosso, mas podemos encontrá-la
também em Minas Gerais e São Paulo nos
programas de cruzamentos industriais,
bem como em programas de seleção
e vendas de reprodutores e matrizes.






BLANC-BLUE-BELGE








No início do século XX, já existia a raça Azul,
na Bélgica, também conhecida com o nome de
raça de Mons, a qual parecia ser uma derivação
da raça Holandesa (A.M.E. Gastart, 1913, in
Cotim, p.196). O gado Blanc-Blue-Belge foi
importado para o Brasil em 1994, para o
município de Alvorada do Sul, no Paraná.
O desenvolvimento muscular é de origem genética,
ou seja, sua carne não contém qualquer tipo de
aditivo.






BLONDE D’AQUITAINE








O Blonde D’Aquitaine
foi introduzido no Brasil em 1972
na exposição de Esteio, no Rio Grande do Sul.
Vários fazendeiros utilizam o Blonde em
cruzamento industrial, obtendo excelentes
resultados, principalmente quando a raça usada
é a Nelore, mas precisamente no Brasil-Central.
Uma grande utilidade do Blonde no Brasil é
o cruzamento com a raça Caracu, para
formação da raça Aquitânica.






RED ANGUS





O Red Angus é famoso pelas virtudes 
de precocidade sexual, velocidade de ganho de peso
e fixação de características Alguns criadores e técnicos 
afirmam que o Red Angus é mais rústico que 
o Aberdeen Angus. A pelagem vermelha contribuiria 
para essa característica. As pesquisas mostram 
que a coloração vermelha é mais resistente aos carrapatos 
e resiste melhor ao calor. Na conformação e no 
restante dos atributos, no entanto, as duas variedades 
são semelhantes. Também no tocante ao desempenho 
geral, tanto a pelagem negra quanto a vermelha parecem 
garantir as mesmas virtudes do gado Angus.
O gado Red Angus, em cruzamentos industriais, 
contribui para o aumento da prolificidade, qualidade 
de carcaça e rusticidade sobre a raça absorvida.
Os animais Angus são precoces, com excelente 
conversão alimentar e rápido acabamento de carcaça. 
Os criadores brasileiros estão descobrindo 
rapidamente as qualidades da raça Red Angus.
A raça Red Angus apresenta maior resistência 
a enfermidades e a sua grande adaptabilidade 
ao solo brasileiro, seja seco ou alagadiço, 
regiões acidentadas ou planas, em  pastagens 
ricas ou pobres, permite que produzam 
e desmamem bezerros sadios e fortes. 
Os bezerros Angus nascem pequenos, mas ganham
peso rapidamente. É comum verificarem-se animais 
em plena produção com 14 a 15 meses de idade. 
Entre 18 e 20 meses, o macho chega a pesar 
em média 450 kg, em condições ótimas para abate.






PIEMONTESA





A raça Piemontesa foi introduzida no Brasil em 1974, 
em Araçatuba, São Paulo. Nesse mesmo ano, f
oi fundada a Associação Brasileira de Criadores 
da Raça Piemontesa. A raça Piemontesa apresenta 
uma produção leiteira média de 2.300 litros  em 305 dias, 
com recordes de 5.000 litros. São famosos os queijos
produzidos com o leite da raça, tais como Bra e 
Castelmagno, seguidos por Murozzano e Raschera.
Os machos pesam em média entre 750 e 900 kg 
e as fêmeas entre 450 e 600 kg. Na Itália 
ou em outros países, é uma raça de fácil engorda .
Ultrapassa facilmente os 600 kg aos 18 meses de idade.
O destaque é dado para os animais de musculatura 
dupla (variedade Alba), que representam a maioria 
do rebanho e cujos primeiros registros são de 1886,
embora novos estudos tenham começado em 1926.
O gado de dupla musculatura (hipertrofia muscular) 
produz 10% a mais de rendimento, segundo 
pesquisadores do mundo inteiro. Em geral, o Piemontês
garante um rendimento de carcaça acima de 65%, 
podendo chegar a 72%. O rendimento de músculos 
chega a 84%, significando 432 kg de carcaça 
aos 16 meses de idade. A análise química da carne
mostra que a média de colesterol no Piemontês 
é de 44,0 mg para cada bife de 100 gramas, 
enquanto que a média dos bovinos em geral é de 63,9%
( suínos = 79,0 mg; frangos = 74,0 mg; vitelo = 84,0 mg). 
Um bife de 100 gramas apresenta 2,9 gramas 
de gordura, contra 0,87 gramas na raça Piemontês.






MARCHIGIANA





É uma raça originária da Itália e foi introduzida no Brasil 
há aproximadamente 30 anos. Tem a pelagem branca 
com a pele preta e com grande número de glândulas sudoríparas.
A raça Marchigiana é muito utilizada em cruzamentos 
industriais para a produção de novilhos precoces. 
No Centro-Oeste, os produtores estão usando muito 
a raça para cruzamentos com o zebuíno, obtendo 
animais mestiços que são utilizados em confinamento 
e também em regime de engorda, em regime de campo. 
Os touros da raça Marchigiana respondem muito bem, 
quando são colocados em regime de monta natural, 
com excelente desempenho, quando 
comparados com touros zebuínos.

Raças Sintéticas



IBAGÉ





Os cruzamentos que deram origem à raça Ibagé  começaram a ser feitos a partir da década de 40. Em 1955, nasceram em Bagé os primeiros os  primeiros animais 5/8 de sangue Aberdeen Angus + 3/8 de sangue Nelore, pioneiros da raça denominada  Ibagé em homenagem a um índio, personagem histórico do município.



CANCHIM






A raça Canchim resultou do cruzamento da raça européia Charolesa com as raças zebuínas Indubrasil, Guzerá e Nelore. O início dos trabalhos de cruzamentos e seleção dos animais foi em 1940, na fazenda de Criação de São Carlos, em São Paulo. O nome Canchim foi dado em função a uma espécie de árvore muito comum na região. O gado Canchim vem sendo muito utilizado em cruzamentos industriais em todo país.



SANTA GERTRUDIS






No ano de 1940, o governo americano reconheceu a raça Santa Gertrudis como gado de corte. A raça possui 5/8 de sangue Shorthorn e 3/8 de sangue Brahman. Tem a pelagem vermelho-escuro retinta. No Brasil, pode ser encontrado em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia, onde vem sendo muito utilizado nos cruzamentos com o gado zebuíno, produzindo mestiços rústicos e precoces para o abate.



BRAFORD






A formação da raça Braford foi iniciada na década de 60, pelos cruzamentos das raças Hereford e do gado zebuíno (zebu americano e brasileiro), sendo reconhecida pelo Ministério da Agricultura do Brasil em 1993. Na condição de animal sintético, todos os graus de sangue são considerados como reprodutores para formação da raça.
 


BEEFMASTER






O grau de sangue da raça é desconhecido. Teoricamente possui ¼ de sangue de Hereford, ¼ de sangue de Shorthorn e  ½ sangue zebu.Em 1954, o Beefmaster foi reconhecido pelo USDA como raça pura, existindo hoje mais de 100 criadores. Atualmente, somam mais de 7.000 animais, ficando atrás no total de animais registrados apenas para as raças Angus, Hereford e Simental.



BEEFALO






No final da década de 1940, o governo do Canadá começou uma experiência que durou 40 anos para a obtenção da raça. O Beefalo é um animal híbrido resultante do cruzamento do Bison (3/8 de sangue) com o bovino (5/8 de sangue das raças Shorthorn, Hereford e Charolês). Em 1957, teve seu primeiro touro fértil, com ¾ de sangue de Bison    O nome Beefalo originou-se no início da década de 70 como resultado da produção de animais férteis com 3/8 de sangue Bison e 5/8 de sangue bovino.

Raças Zebuínas



NELORE






A raça Nelore vem liderando com segurança
e tranqüilidade o número de animais registrados
dentro da raça e das demais raças zebuínas.
Com o crescimento do rebanho Nelore, surgiram
novas variedades, como o Nelore Mocho e, agora,
oficialmente reconhecidas, as pelagens vermelha,
amarela e pintada de preto. O gado Nelore vem
sendo utilizado em cruzamentos industriais com as
raças européias especializadas para produção de
carne com a finalidade de obter novas raças ou
simplesmente para produção de novilhos
precoces para o abate.



NELORE MOCHO






As primeiras famílias mochas foram formadas em meados 
da década de 50, intensificando-se a partir de 1960.
Durante muito tempo atribuiu-se o surgimento de animais 
mochos a eventuais mutações, hipótese hoje posta 
de lado pela quase totalidade dos especialistas e estudiosos.
O mocho vem do gado nacional que, por sua vez, 
descende de bovinos europeus sem chifres, 
introduzidos no país no passado remoto.
O Registro Genealógico para gado mocho
foi introduzido em 1969.


NELORE MALHADO DE PRETO






O Dr. Alberto Alves Santiago, renomado agrônomo, 
que em 1943 trabalhava na Sociedade Rural Brasileira, 
visitou uma criação no município de Jardinópolis
em São Paulo, onde observou que criadores locais já possuíam
rebanhos com animais malhados de preto. Esses , na ocasião, 
não foram registrados, porque isso não era permitido 
para animais com essas características. Desde 1906, já
se tinham notícias de animais com esse tipo de pelagem.
Por esse motivo, a ABCZ resolveu admitir o registro 
dos animais malhados de preto. 



NELORE VERMELHO






Foi no Estado da Bahia que surgiu o primeiro rebanho 
Nelore vermelho pelo aproveitamento de reprodutores 
dessa cor, surgidos em plantel Nelore tidos como puro de origem.
O pioneiro Octavio Ariani Machado possuía uma novilha 
de pelagem vermelha denominada Itabira, filha de casal Nelore, 
vindo em 1906 de Madre, na Índia, que era de pelagem 
cinza-claro. Os filhos de Itabira nasciam vermelhos, 
como é freqüente na raça Nelore, mas com a diferença 
de que a coloração persistia até a idade adulta. 
Originou-se, assim, uma linhagem que, com a chegada 
da vaca Índia, em 1930, também totalmente vermelha, 
permitiu a formação de um plantel com essa pelagem fixada através 
de trabalho seletivo e emprego conveniente da consangüinidade 



TABAPUÃ






A raça Tabapuã é uma raça nacional, originária
do município de Tabapuã, São Paulo. O Tabapuã
vem sendo muito utilizado em cruzamentos,
garantindo um produto mocho, rústico e
lucrativo. Através do cruzamento do touro
Tabapuã  com vacas Nelore, surgiu a raça
Tabarel. Outros cruzamentos também são
realizados com as raças Guzerá, Holandesa
e outras raças européias, principalmente as
raças de corte, no Rio Grande do Sul,
Paraná e  Santa Catarina.

 


BRAHMAN






A raça Brahman foi aprovada para a criação
no Brasil, em l994. O gado Brahman
caracterizou-se pela resistência às condições
adversas do meio e pelo desenvolvimento e
aptidão para a produção de carne. Os
caracteres raciais são irrelevantes, dando-se
pouca importância à pelagem, perfil craniano,
tamanho dos chifres e tamanho das orelhas


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